quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A beleza ignorada

A beleza esconde o prazer
O fruto do ódio é a beleza
A beleza morre sozinha
A beleza cobre a face com
pó.
Uma face admirada, um
coração abandonado
A beleza deixa o ser solitário
A beleza prevalece mas faz sofrer

A beleza interna acolhe o prazer
Se sacrifica por um amor
Morre por um amor
Ouve de longe a dor
E enche o peito de ternura.


João Paulo Corumba


"Os seres mais belos por fora, são os mais solitários"-JPC

O que mora em mim

Você mora dentro de mim
Amante incomum do amor
Brilho raro do escuro
Que me deixa mais completo
Dor que arde em pureza
Venenosa que enobrece
O lado cego do homem
Que ignora sua grandeza
Viva, ou morta ou sem expressão
Que chega dessa correnteza sem razão
O sangue jovem é tão puro
Mas o instinto não sabe provar, não!


João Paulo Corumba

"Cada frase é um desfile de palavras"-JPC




terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Uns doces, uma loucura nova!

Ecos distantes dançam na cratera do
tímpano, aves distraem os olhos, o
espelho te mostra que você não existe,
os objetos somem quando o escuro se
torna presente.
Engolido pela impressão, um sabor a mais,
um grito sem desespero, é calmo, leve como
o amor, pesado como a ilusão, simples como
um doce, é uma visão estúpida sem realidade.

João Paulo Corumba

“O espectador é um animal agonizante” Jim Morrison

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quando há realidade

Quando há realidade
As lágrimas são enxugadas pelas pontas dos dedos
O vermelho nos olhos mostra a decadência
O declínio da felicidade que envolve o corpo nulo
É uma razão mal descoberta e a vida se transforma em
uma navalha.
Um grito misterioso comove os que passam por perto
E eles também gritam, mas não por desespero
E sim por entender que a vida não passa de uma mera
passagem.

João Paulo Corumba

"Enquanto sinto o cheiro de um único corpo, milhares de corpos parecem ter cheiro de um só"-JPC

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rascunho do pensamento

No limite do cansaço do homem, um desejo peculiar, que excita e promove o alívio quando se depara com um objetivo atingido. O ser é a liberdade viva e “pura” que possui uma grandeza guardada no peito, não vejo como algo tão importante, mas necessário, um orgulho preso, limpo e tão claro que se abre apenas quando tudo está bem.
Não existem sorrisos infiéis, depois que o corpo absorve a vitória, depois que a alma se sente livre, é tudo menos confuso, é tudo menos estranho. Não há pecado nenhum para o homem vivo, o pecado é apenas um meio para nos distrair, mudar a atenção para um único foco. O pecado é uma criação daquilo que não existe, logo o pecado é inexistente aos olhos humanos.

O amor que surge, é como um nó, consome o coração e o coração engole o cérebro que almeja prazer, pois o homem em si detesta sentir dor. O ser infame é visto com os olhos crus, com a retina deslocada, que não concentra o olhar na pureza que a visão real pode nos proporcionar.Pena, que o homem nasceu só, com a liberdade presa no peito, com os pensamentos presos na alma, uma liberdade com pernas curtas. O homem é o equívoco, é o erro que sobrevive, a cegueira da visão, o olho fechado, porém pouco sonolento.

O cansaço é apenas uma desculpa, é o período de reflexão, é a recuperação dos sentidos, é o olho se recuperando do estrago que a visão real proporcionou, uma visão com a total clareza, e que mostrou todos os defeitos da humanidade. Querer ganhar sem ter o total preparo para a vitória, é um dos grandes defeitos do homem, que busca em si uma pureza que jamais em sua completa existência encontrará, pois o ser humano é o que polui e é a própria poluição do universo.

João Paulo Corumba

“A memória é um museu, é a presença do que passou e deixou carimbada a sua importância”-JPC

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O despertar

O nascer do sol, encolhe o frio disperso

O dia nasce brilhante, nasce com um cheiro indígena,

nu até a alma.

Um espelho refletindo o clarão do infinito

uma alma sorriu cores inexistentes

Um ruído surgiu entre as aberturas causadas pelo pensamento

matutino que mal se acendeu

O corpo masculino berrava no calor dos raios solares para

impressionar a menina dos olhos luminosos

Parecia um céu incendiado

Deixando cair cinzas no oceano de glória

Nos muros orgulhosos de conhecer mais um novo

dia, apenas no seu lado paralisado de sempre!

De repente os sentimentos dos pássaros, transmitidos

através dos seus cantos

De repente um olhar voa junto com as asas da manhã, que se sente

o mais belo ao voar sobre as partículas do dia.


João Paulo Corumba

"Cada elogio é como uma brasa queimando na consciência satisfatória embora não seja o caminho para um
equilíbrio sentimental no interior do elogiado"-JPC

Mundo interior/ O pensamento

Mundo interior- O mundo interior é uma grande escola, que nos ensina a captar os sentimentos, não apenas os sentimentos de tristezas que já nascem pálidos, e sim sentimentos com os quais nos elevam, que nos deixam mais fortalecidos pelo fato de terem vindo de uma profundeza até então desconhecida. Assim como a nossa própria verdade, ela surge do nosso universo, dentro daquilo que sentimos e achamos o que é realmente certo, o que é realmente claro para nós. Aqueles que pensam possuem uma verdade íntima nas mãos, e penso em ser a minha própria verdade, sem fantasias e sem grandes mistérios.

O pensamento- O pensamento é uma grande arma, com ele qualquer tentativa de construção de idéias opostas pode ser demolida, o pensamento é o que se aproxima mais da verdade, usando de métodos mais detalhados para se chegar a uma razão.Para os que paralisam apenas para pensar em uma falsa conclusão, só resta um sentimento; o de sentir que não é um grande pensador. A sensação de vitória é produto da conquista, é a conseqüência da visão própria que se tornou uma certeza, uma razão descoberta. Não é o homem que faz o pensamento é o pensamento que faz o homem, não são os olhos que ajudam o homem a enxergar, é o homem que ajuda os olhos a enxergarem com os mínimos detalhes, sem deixar escapar um vestígio sequer.


João Paulo Corumba


” O amor é o egoísmo sujo que não se limpa”-JPC

Olhar fixo/ A nobreza dos seres

Olhar fixo- O que provoca a ascensão de um pensamento é a penetrante visão para a realidade, é não andar pelos corredores das dúvidas, nem muito menos, olhar fixo para um único objetivo. O olhar que aparece com a sombra de um reflexo pode trazer um brilho, mas não existe uma certeza que esse brilho seja um produto do pensamento, é apenas uma energia que só existe porque somos como elementos que fazem com que ela exista. Quando nos imaginamos próximos de nós mesmos, quando procuramos por nós mesmos, ocorre a descoberta intelectual de que a carne representa a fragilidade, e apenas a mente é um distúrbio que representa a capacidade de entender o que realmente queremos saber, ou seja o motivo da carne representar o lado mais frágil do ser. O homem teme a dor vivida na carne e não a dor mental, uma dor na consciência. O homem tem medo dele mesmo, por isso que ele adquiri com tamanha dificuldade o olhar fixo, pois sofre muito mais por dentro, quando tenta olhar com uma visão mais detalhada o que ele realmente é.
A nobreza dos seres- O que te faz sorrir? Milhões de respostas podem aparecer para essa pergunta, mas apenas uma ganhará a sua glória de ser a escolhida. A nobreza de se sentir mais viva é o desgosto pelo que atrai coisas mais melancólicas, óbvio! O orgulho de ter um sorriso na boca é aquele pensamento de que a felicidade simboliza a satisfação com você mesmo. O ser é regido pelas forças externas, se ele consegue absorver essas forças, ele demonstra uma idéia de poder, terá sempre um valor a mais. A nobreza mora dentro do orgulho de cada um, mesmo num silêncio vazio, frio e triste.Quando a morte abraça o orgulho, os poderes morrem como uma explosão, em pouco tempo, a realidade adormece com um simples sinal paranóico, a existência ganha uma nova dimensão, um novo sentido, que para os que desconhecem desse tipo de sensação, é tudo muito estranho. A nobreza é estranha para quem nunca enxergou ela.


João Paulo Corumba


” O brilho que surge em nossa visão é uma energia fabricada pela ilusão que os olhos buscam para se proteger da realidade, do clarão que incomoda”-JPC