domingo, 1 de março de 2009

Rascunho do pensamento


No limite do cansaço do homem, um desejo peculiar, que excita e promove o alívio quando se depara com um objetivo atingido. O ser é a liberdade viva e “pura” que possui uma grandeza guardada no peito, não vejo como algo
tão importante, mas necessário, um orgulho preso, limpo e tão claro que se abre apenas quando tudo está bem.
Não existem sorrisos infiéis, depois que o corpo absorve a vitória, depois que a alma se sente livre, é tudo menos confuso, é tudo menos estranho. Não há pecado nenhum para o homem vivo, o pecado é apenas um meio para nos distrair, mudar a atenção para um único foco. O pecado é uma criação daquilo que não existe, logo o pecado é inexistente aos olhos humanos.

O amor que surge, é como um nó, consome o coração e o coração engole o cérebro que almeja prazer, pois o homem em si detesta sentir dor. O ser infame é visto com os olhos crus, com a retina deslocada, que não concentra o olhar na pureza que a visão real pode nos proporcionar.Pena, que o homem nasceu só, com a liberdade presa no peito, com os pensamentos presos na alma, uma liberdade com pernas curtas. O homem é o equívoco, é o erro que sobrevive, a cegueira da visão, o olho fechado, porém pouco sonolento.

O cansaço é apenas uma desculpa, é o período de reflexão, é a recuperação dos sentidos, é o olho se recuperando do estrago que a visão real proporcionou, uma visão com a total clareza, e que mostrou todos os defeitos da humanidade. Querer ganhar sem ter o total preparo para a vitória, é um dos grandes defeitos do homem, que busca em si uma pureza que jamais em sua completa existência encontrará, pois o ser humano é o que polui e é a própria poluição do universo.

João Paulo Corumba

“A memória é um museu, é a presença do que passou e deixou carimbada a sua importância”-JPC

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